Seja !

"O Texto a seguir trata-se de uma Crônica, e não de uma poesia como estão acostumados a ler aqui no Blog. Portanto àqueles que tem a "Vista Cansada" e não podem sair um pouco de suas vidas "Atarefadas" para ler algo que os fará pensar, eu sugiro que 'Pulem' para a Postagem Anterior, na qual eu falei sobre as promessas de fim de ano." 


Lucas.


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Ser. 
"O que você é. O que você pode Ser." 

(...)

Certa manhã, quando acordara de sonhos intranquilos, Aquele Homem percebeu algo diferente em si mesmo. Um pensamento um tanto quanto inquietante, o qual o havia acordado de seus Pesadelos Cotidianos.
Tal pensamento poderia não parecer estranho caso viesse acompanhado, porém se resumia em imenso Desejo de Ser.

Somente Ser.

Ele não conseguia compreender o verdadeiro sentido daquele desejo.
"Ser o quê?"- Ele se perguntou. Concluindo logo em seguida que havia uma imensidão de 'refrões' que responderiam aquela Pergunta.

Lembrou-se de frases corriqueiras do seu dia-a-dia, e concluiu que uma delas poderia ser resposta.
A primeira que ele lembrou dizia: " Seja Feliz". E logo em seguida lembrou-se de "Seja o Que Você Quiser", e várias outras dessas frases 'brotavam' em sua mente: "Ser ou Não Ser", "Seja Você Mesmo", podendo esta ser 'complementada' por "Mas Não Seja Sempre o Mesmo", "Seja a Mudança que Você quer Ser No Mundo", "Seja Verde", "Seja Vegetariano"...


Cercado com tantas opções, o Homem viu-se obrigado a excluir algumas, pois, dentre tantas, várias lhe pareciam inúteis e incompatíveis com a sua Atual Imagem. Designou, portanto, critérios de eliminação:

1º- Por Eu Seria Isso?
2º- Quais seriam os Benefícios de Ser Isso?
3º- Ser Isso Me Agradaria?

Baseando-se nisso, começou por "Seja Feliz".

A Ideia realmente o agradava. Quem não busca ser feliz, afinal? Ele estava disposto a ostentar sorrisos, porém, decidido a não tomar decisões precipitadas, olhou para o espelho (como de costume fazia) e questionou sua imagem : "Felicidade eterna... Lhe parece Agradável?" - Este logo negou com a cabeça, respondendo: "Há momentos na vida em que estar Triste traz seus benefícios. Um abraço de consolo, por exemplo, sempre é bem vindo."- E Complementou -"E além do mais, você mesmo não descobriu anteriormente que há momentos nos quais a Tristeza parece Poesia?".
Ele concordou, e partiu para a próxima opção.

Deparou-se com : "Ser ou Não Ser"
Perguntou a o espelho: "Eis a Questão?"
Este lhe disse: "Não".
E continuou.

"Seja o que Você Quiser..."
Ele disse: "Eu quero. E você?  O que tens a dizer?"
"Mas é Claro! Não há tempo a perder."


Motivos não via para ser nem "Verde" nem "Vegetariano". Na adolescência ele já havia 'Pintado a Cara' de Verde, e não tinha boas lembranças daquilo. E também adorava carne, sendo assim decidiu excluir também aquela Opção.
"NÃO" - Implorou o espelho. - "Veja como eu estou ficando 'Maior', 'Cheinho'... Sabe Deus quantos desses Quilogramas não são culpa dessa Dieta Carnívora." - Finalizou.
Ele não gostava de ser chamado de Gordo. Mas tinha de admitir, havia meses que não entrava em suas Vestimentas Preferidas. Mas Não estava a fim de discutir aquilo naquele momento. Com certeza não fora para isso que ele havia acordado. Pensaria naquilo depois.

Já não lhe restavam nem tempo, nem opções. Já havia rejeitado tantas opções que poucas lhe estavam acessíveis. O Espelho o Fitou e, friamente, disse: " O Tempo não Perdoa. Escolha rápido antes que a vida lhe Escoa."
As opções restantes resumiam-se na mesma, afinal, "Seja Você Mesmo Mas Não Seja Sempre o Mesmo" e "Seja a Mudança que Você quer Ser No Mundo", lhe passavam a mesma mensagem.

Decidiu-se.

De hoje em diante ele seria "Ele Mesmo", pois percebera que a vida era curta demais para ser outra pessoa. O Espelho lhe disse: "Sabia Escolha". E com a velocidade de um estalar entre seus Primeiro e Terceiro Quirodactilos, Ele Acordou.

(...)

De sonhos intranquilos acordara Aquele homem, percebendo imediatamente algo diferente em si mesmo. Um pensamento um tanto quanto inquietante, o qual o havia acordado de seus Pesadelos Cotidianos.

Tal pensamento poderia não parecer estranho caso viesse acompanhado, porém se resumia em imenso Desejo de Ser. 

Somente Ser...

Ele Mesmo.


(...)




                                                                                                                            Lucas Dórea Cardoso.