domingo, 24 de julho de 2011

Instantes de outrora.


.~.~.
Não, nesse instante não.
Não estou para Kafka, assim como não estou para as intrigas do coração.
Nesse instante não estou para Zecas. Nem Camargo, nem Baleiro.
Primeiro: Hoje não quero ouvir sermão.

Não quero aprender que esse Jorge não é meu, nem seu... Que ele é nosso e nada mais.
Eu quero é Paz!
Rapaz, como eu a queria aqui comigo, meu abrigo.
Ah, quem me dera estar com ela nesse instante...
Pare! Que seja tarde pare antes.

Vejo que não obstante à negação da qual tive princípio, precipitei-me, e ja me pego falando de Amor.
Não senhor, faça-me o favor, nem amores nem dores, hoje não!
Conte-me sobre aquele verão, ou primavera... Na qual armou-se a nova era.
Se não quiser tudo bem, não estou aqui para julgar ninguém.
Venho de um canto onde o que canto encanta, mas nunca espanta...
Nem mesmo os que andam a esmo, ou armados... Os desavisados. Que, nos dados apostam suas vidas.
Nas vindas e idas.

Conte-me, se lhe parece agradável, sobre o seu orgulho inflável. O superou ou nele se perdeu?
Eu? Eu nada tenho a ver com isso. Orgulho é igual suplício e disso não quero saber.
Tenho mais com o que me preocupar e nem procure se importunar em perguntar. Não falarei!
Hei de, sozinho trilhar esse caminho.
Não, não insista.
Ainda não é hora. Desista e vá-te embora.
Agora, como outrora, é um tempo de grandes momentos.
Não, não tormentos... Instantes, como antes. Compreende?

Esse é o meu preço.
E tudo que tenho lhe ofereço.
Se queres pegue e parta. Parta e pregue.
E no futuro, não me negue... Como fizera aquela escória.

Assinado: Lucas Dórea.

3 comentários:

Letícia Lemos disse...

Eu me sinto bem quando leio algo desse tipo; ainda tento entender o porquê. Palavras que tampouco são apenas palavras. Tocam e machucam, por não saber onde se dói. Não é algo que eu poderia dizer que me alegra. Não, não alegra. Mas me inunda. De que? Não sei. Tento entender. Não dá. Vai além do entendimento.

Ana Claudia disse...

Hoje eu não quero falar de nada também. Nem de amor, nem de dor; sem dramas, exageros ou falsas lamúrias. Não quero ninguém me dando lição de moral, nem conselhinhos com ares de quem sabe de tudo. Quero apenas viver.
Assim como à Letícia, seu texto me fez bem.

Lucas Dórea Cardoso disse...

Existem sempre esses dias. É preciso que aprendamos a viver com eles e deles desfrutarmos algo bom. Até o próximo Post.

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